Política

PF ouve ex-delegado do caso Marielle, após ele implorar para ser ouvido: "Pelo amor de Deus"

Fernando Frazão/Agência Brasil//Renan Olaz/ Câmara do Rio de Janeiro
Ex-delegado enviou bilhete a Alexandre de Moraes com pedido  |   Bnews - Divulgação Fernando Frazão/Agência Brasil//Renan Olaz/ Câmara do Rio de Janeiro

Publicado em 03/06/2024, às 08h18   Cadastrado por Lucas Pacheco



O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) será ouvido nesta segunda-feira (03) pela Polícia Federal (PF), após ele implorar, por meio de um bilhete, ao ministro Alexandre de Moraes, para prestar seu depoimento. Rivaldo foi preso depois da delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa apontá-lo como mentor dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

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Rivaldo está preso desde 24 de março na Penitenciária Federal de Brasília, onde acontecerá a oitiva. Ele pediu "pelo amor de Deus" a Alexandre de Moraes para ser ouvido por agentes da PF.

“Ao Exmo. Ministro, por misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor de Deus”, escreveu Barbosa em um bilhete.

Veja:

Bilhete de Rivaldo Barbosa

O manuscrito foi entregue a um Oficial de Justiça que o notificou dentro da penitenciária. 

Prisão 

Após uma operação da Polícia Federal em março deste ano, foram presos os suspeitos de mandar matar Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes e também suspeitos de crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. São eles: o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o irmão dele, Domingos Brazão, Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.

Na última semana, a Procuradoria Geral da República - PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra quatro pessoas pelo duplo homicídio: Além de Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, também foi denunciado Ronald Paulo de Alves Pereira, major da PM e apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro

Segundo a PGR, Marielle Franco foi morta por ser considerada um obstáculo para os interesses econômicos dos irmãos Brazão.

“Marielle se tornou, portanto, a principal opositora e o mais ativo símbolo da resistência aos interesses econômicos dos irmãos. Matá-la significava eliminar de vez o obstáculo e, ao mesmo tempo, dissuadir outros políticos do grupo de oposição a imitar sua postura”, escreveu Hindemburgo Chateaubriand, vice-procurador-geral da República.

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