Junho Verde: gerente de sustentabilidade da Danone detalha importância do projeto Reciclagem de Bandejas de Iogurtes

A Danone, uma das maiores empresas do mundo no segmento de alimentos e bebidas, é responsável por um projeto pioneiro para o desenvolvimento da cadeia de reciclagem do poliestireno, plástico utilizado com frequência em bandejas de iogurte. 

Criado em parceria com a Yattó, startup que desenvolve soluções de reciclagem para materiais de baixa reciclabilidade, a iniciativa é uma das que integram a frente Danone Circula da companhia no Brasil, que tem o objetivo de acelerar localmente a meta de ter seu portfólio totalmente reciclável. Ao BNews, a gerente de sustentabilidade da Danone no Brasil, Sheilla Montanari, falou sobre a importância da ação. 

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"O projeto Reciclagem de Bandejas de Iogurtes é uma das mais importantes iniciativas do Danone Circula. Nele, a Danone ajuda a promover o desenvolvimento da cadeia do poliestireno, também conhecido como PS, um plástico utilizado nas bandejas de iogurtes de todo o mercado e com reciclabilidade complexa por ter baixo valor de venda para catadores e catadoras", iniciou.

"Com a Yattó, incentivamos o reaproveitamento desse material e promovemos uma mudança no mercado, com potencial de ampliar resultados nos próximos anos, especialmente se envolvermos outras empresas e parcerias em um movimento setorial", completou.

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De acordo com Sheilla, o projeto também promove apoio social aos trabalhadores envolvidos. "Há mais de 14 anos, apoiamos a reciclagem inclusiva e a profissionalização de catadores e catadoras. Hoje, participamos do programa Recupera, em parceira com a Pragma, recuperando embalagens via projetos estruturantes ao redor do país. No projeto de Reciclagem de Bandejas de Iogurtes, oferecemos incentivo direto para as cooperativas, pagando um valor superior por essas bandejas feitas em PS, de R$ 0,5 a R$ 1,2 por quilo", informou.

Em 2023, mais de 34 toneladas de poliestireno foram recicladas por meio da iniciativa. Esse volume gerou uma renda adicional de R$ 45 mil para os catadores, desviando de aterros sanitários cerca de 4,5 milhões de metros cúbicos de resíduos e evitando a emissão de 49 toneladas de dióxido de carbono equivalente. Até o final de 2024, a meta do projeto é reciclar 80 toneladas do material. Questionada sobre os principais obstáculos enfrentados na implementação de práticas de economia circular na indústria de alimentos e bebidas, Sheilla Montanari destacou dois dos maiores entraves. 

"O maior desafio em termos de economia circular na indústria de alimentos e bebidas está nas necessidades de avanços tecnológicos e regulatórios para uso de materiais reciclados em contato com alimento, tendo em vista que prezar pela qualidade e segurança dos produtos e consumidores é uma prioridade. Além disso, a estruturação de saneamento básico no nosso país, que ainda precisa avançar para viabilizar um ciclo de resíduos que vá desde a casa do consumidor até a destinação correta e compra dos materiais por recicladoras", detalhou.

Até 2030, a Danone busca oferecer 100% de embalagens recicláveis. Outro objetivo da companhia é reduzir pela metade o uso de embalagens virgens de origem fóssil até 2040. "Para exemplificar, no projeto Reciclagem de Bandejas de Iogurtes, um dos desafios enfrentados foi a chegada limitada desse material às cooperativas, além da falta de separação por cor dos copinhos de iogurte, que é muito importante para a valorização do PS. Por isso, trabalhamos para aumentar a demanda desse material pelos recicladores [...]", explicou.

O projeto Junho Verde 2024 é uma realização do Grupo A4 com patrocínio da Suzano, Governo Bahia, Axxo, JBS, Sian Engenharia, Shopping da Bahia, Intermarítima e Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O apoio fica por conta da Atlântico Transportes, ITS Internet, Planeta Imaginário, Ecogreen Educação Ambiental, Casa Soma e UCI Orient Shopping da Bahia.