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Lésbica, Maria Casadevall revela desconforto em namoro com Caio Castro: "Fora do tom"

Reprodução / Redes sociais
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Natane Ramos

por Natane Ramos

Publicado em 26/06/2024, às 15h07



A atriz Maria Casadevall, que engatou um relacionamento com o ator Caio Castro, seu par romântico na novela "Amor à Vida", falou sobre a sua orientação sexual e os desafios que encontrou ao se relacionar com pessoas do sexo oposto, durante uma entrevista à Marie Claire.

A artista, que revelou ao público em 2020 que é lésbica, comentou que sentia desconforto em suas relações heteroafetivas, admitindo que se sentia diferente ao se relacionar com o galã e com outros homens. "Alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar", declarou.

"Sempre enxerguei a minha atração por homens como a 'regra a ser afirmada', e o meu desejo por mulheres como uma 'experiência para ser vivida'", detalhou.

A famosa também refletiu como sofreu com a heterossexualidade compulsória. "Só aos 31 anos, através de muito afeto e letramento, compreendi que era só mais uma vítima da estrutura que nos obriga a enxergar a heteronormatividade como via única para o sucesso amoroso, e também compreendi toda a miopia social e distorção emocional que estavam pesando sobre as minhas escolhas afetivas", declarou.

Durante a entrevista, a atriz foi relembrada da sua relação com Caio e falou sobre a pressão de estar em um relacionamento.

"Tive uma vida afetiva de relacionamentos com homens cisgênero (comecei a namorar aos 16), mas como não sabia identificar essa pressão, encarava com naturalidade o desconforto que vinha como consequência das minhas escolhas. Não sabia nomear, mas sabia que alguma coisa estava meio fora do tom, fora do lugar. Descobri que a jornada de autoconhecimento é uma caminhada de uma vida inteira, e não só um retiro ou um 'mergulho'. Que estar aqui é uma escola, desde o dia em que se nasce até o dia em que a gente vai embora deste mundo", relatou.

"A importância de levantar cada um desses debates e trazer visibilidade para cada um deles é, sobretudo, integrá-los como uma luta comum através do reconhecimento de que toda opressão vem como sintoma de uma única estrutura que coloca a vida a serviço do lucro e essa estrutura é capitalista, patriarcal, branca e cis-heteronormativa em sua essência", refletiu Maria.

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