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Chico Buarque celebra 80 anos e recebe homenagens de famosos

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Famosos celebram os 80 Anos de Chico Buarque com homenagens nas redes sociais  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 19/06/2024, às 11h22



Nesta quarta-feira (19), o ícone da música brasileira Chico Buarque completa 80 anos, e a data não passou despercebida para amigos, fãs e admiradores do cantor, que está em Paris, onde vai celebrar a data com a esposa, a advogada e jurista Carol Proner, que se casou com ele em um cartório em 2021. A amada postou uma declaração  para o grande artista, aniversariante do dia. As informações são do jornalista Mauro Ferreira, do portal G1.

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"A gente se diverte. Parabéns, meu amor. Nosso amor. Chico Buarque", escreveu Carol em suas redes sociais. Ela também postou um clique de Chico em um belo cenário parisiense.

Na capital francesa, também estão duas de suas três filhas: Luisa e Helena. Silvia, a mais velha, foi e já voltou. Elas são herdeiras de Chico e de Marieta Severo. Os dois foram casados por mais de 30 anos.

Silvia também fez questão de homenagear o pai nas redes: "And My heart belongs to daddy (e o meu coração é do papai, em inglês)". Os sete netos do artista, Chico, Lia, Irene, Teresa, Clara, Cecília e Leila, vão comemorar o aniversário do avô em Paris, segundo o jornal "O Globo".

Reconhecido por canções como "Iolanda", "A Barca", "João e Maria" e "Folhetim", Chico recebeu uma enxurrada de homenagens nas redes sociais de várias celebridades. 

Caetano Veloso compartilhou no Instagram um vídeo com momentos ao lado de Chico, acompanhado de uma mensagem: "Vi Chico divino desde o começo. Nunca deixei de amar. Seu lirismo, sua prosódia, seu melodismo, tudo. Li todos os livros dele. Gostei muito de todos e achei Budapeste genial. Chico Buarque, bem-vindo aos 80!". 

Outros artistas também enviaram suas felicitações ao aniversariante. "Feliz de um país que tem um artista como Chico! Feliz aniversário e obrigado por tanto!", agradeceu o ator Mouhamed Harfouch. "Mil Vivas", comentou a apresentadora Astrid Fontenelle. "Ídolo de uma vida inteira! Muitas felicidades", declarou a cantora Teresa Cristina. "Parabéns, Chico! Muita saúde e alegrias", desejou a atriz Inês Viana. 

A atriz Patricia Pillar exaltou o artista com uma longa mensagem: "Chico, queridíssimo! Que alegria é poder comemorar seus 80 anos! Um artista imenso, um ativista político e cultural, um ser humano fundamental que nos oferece o que há de melhor do nosso Brasil. Você construiu os mais lindos versos e as histórias mais apaixonantes... Entre malandros e saltimbancos; da Lapa a Budapeste; da luta política à boemia; do trabalhador urbano ao lavrador; do mais trivial cotidiano ao charme dos cabarés... Chico Buarque é tudo isso e vai além!". 

Outros artistas também postaram homenagens ao poeta. Confira:

Trajetória

Mais do que nunca, Chico se encontra em grande forma, tanto como cidadão, marchando pelas ruas de Paris contra a ascensão da extrema direita, quanto como artista, colhendo os frutos de uma carreira construída com extrema coerência e sofisticação desde 1964. 

Os versos de "Tempo e Artista", canção lançada no álbum *Paratodos* (1993), refletem como o tempo moldou Chico Buarque, trazendo rugas ao rosto, mas também a satisfação de ter escrito algumas das páginas mais felizes da história da música brasileira. Esse tempo-rei, ao longo de 60 anos, produziu um dos cancioneiros mais belos e contundentes da Música Popular Brasileira (MPB). 

Chico emergiu nos anos 1960 ao lado de outros gênios como Caetano Veloso, Edu Lobo, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Sua obra musical, que oficialmente começou em 1964, permaneceu atual ao longo das décadas, resistindo às modas passageiras. Desde os sambas e canções iniciais até as músicas combativas que ele criou em resposta à repressão durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), Chico Buarque sempre manteve uma postura de resistência e luta. 

Durante a ditadura, Chico não apenas sofreu perseguições, mas também se tornou um algoz incansável dos opressores, utilizando a música como sua principal arma contra a tirania. Sua parceria com Antonio Carlos Jobim em 1968 marcou o início de uma série de colaborações com outros grandes nomes, como Edu Lobo e Francis Hime, resultando em obras-primas para o cinema e o teatro. 

A partir dos anos 1990, Chico Buarque continuou a produzir álbuns marcantes como *Paratodos* (1993) e *As Cidades* (1998). Nessa fase, suas composições se tornaram mais complexas, com melodias intrincadas, harmonias inusitadas e jogos poéticos refinados. Mesmo suas letras mais antigas, como a de "Construção" (1971), mantêm uma engenhosidade atemporal. 

Chico Buarque sempre foi um artista que capturou a alma feminina em suas composições. Suas canções dramáticas, interpretadas por cantoras teatrais como Maria Bethânia, Nara Leão, Gal Costa, Simone, Zizi Possi, Cida Moreira e Fafá de Belém, exploraram a complexidade e a profundidade do universo feminino. 

O tempo, embora tenha deixado marcas físicas, não afetou a essência do artista. Aos 80 anos, Chico Buarque ainda sobe ao palco com uma voz que, mesmo sem o viço da juventude, demonstra uma maestria na interpretação de sua obra. Sua carreira se consolidou como um patrimônio cultural brasileiro. 

Classificação Indicativa: Livre

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