Economia & Mercado
Divulgação / Freepik
Nos últimos anos, os serviços financeiros expandiram a atuação com os canais digitais e redes sociais, e a necessidade de compreender o consumidor nestes múltiplos canais tornou-se essencial para o planejamento das marcas que atuam no setor e daquelas que buscam parcerias. A Comscore, empresa de medição de audiência digital, revela os resultados de uma análise recente com uma visão geral sobre esse mercado.
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De acordo com o levantamento, no Brasil, a categoria de serviços financeiros se destaca no consumo digital, atingindo, no primeiro trimestre de 2024, o acesso de 112 milhões de usuários únicos (UVs) e o consumo de 15,7 bilhões de minutos.
A análise também indica que, no mesmo período, a subcategoria de “Investimentos” cresceu 45% em número de visualizações e 34% em número de visitas. Além disso, em relação ao perfil do consumidor de conteúdos financeiros, do total de usuários únicos da categoria de serviços financeiros:
97 milhões estariam dispostos a pagar qualquer valor por aconselhamento financeiro de qualidade, o que destaca a demanda por serviços financeiros confiáveis.
94 milhões valorizam a pesquisa e a informação detalhada antes de se comprometerem com um serviço ou investimento, o que indica uma abordagem cautelosa e informada para as decisões financeiras.
81 milhões procuram sempre o melhor diferencial em serviços financeiros e investimentos, o que sugere que os consumidores são sensíveis às vantagens competitivas do mercado.
72 milhões recebem solicitações de conselhos de amigos e colegas sobre questões financeiras, o que reflete a confiança social e a influência interpessoal nessas decisões.
68 milhões se sentem financeiramente seguros, o que, embora seja uma porcentagem significativa, indica que ainda há uma parcela considerável que pode ser impactada por melhorias ou intervenções.
Além desses insights, o levantamento revela, ainda, que os usuários de serviços financeiros também acessam conteúdos relacionados a categorias múltiplas: (99,1%), entretenimento (97,9%), serviços (95,1%), pesquisa/navegação (91,3%) e notícias/informações (90,5%).
“Esses dados fornecem uma visão interessante do perfil dos consumidores e são úteis para empresas e profissionais que atuam no setor financeiro, destacando a importância de oferecer serviços e informações relevantes, personalizados e confiáveis para atender às necessidades e expectativas do consumidor”, comenta Ingrid Veronesi, country manager da Comscore para o Brasil.
Marcas e plataformas preferidas
O consumidor de finanças no ambiente digital também tem preferências em relação às bandeiras de cartão de crédito: Mastercard ocupa o primeiro lugar, com 36 milhões (51%) de usuários únicos que declaram usar seu cartão, e Visa ficou em segundo, com 26 milhões (37%). Elo aparece em terceiro lugar com 5 milhões (8%) de usuários e American Express na quinta colocação, com 1 milhão (2%).
Já os aplicativos de destaque com maior número de usuários únicos em março de 2024 são os da Caixa (FGTS, CAIXA TEM etc.), que juntos somam mais de 55 milhões de usuários, ocupando o primeiro lugar do ranking. Na sequência, com 48 milhões de usuários únicos que acessaram o aplicativo, está o Nubank. A lista de top 10 apps que se destacam ainda é composta por PicPay (27 milhões), Itaú (25,9 milhões), Mercadopago (25 milhões), Serasa (23,6 milhões), Banco Bradesco (21,8 milhões), Santander (21,7 milhões), Banco do Brasil (18,2 milhões) e Pagseguro (17 milhões).
Em relação aos principais players de notícias financeiras em março deste ano, FDR foi o primeiro deste ranking, com 11 milhões de usuários únicos, seguido por Valor Econômico (8 milhões), Infomoney (6,3 milhões), R7 Economia (6,1 milhões) e UOL Economia (5,4 milhões).
Presença digital
O estudo também aponta quais marcas do segmento financeiro investiram em branded content nas redes sociais nos primeiros meses do ano (janeiro a abril), sendo o top 10 formado por Ademicom, Stone, Ton, Sicredi, XP, Itaú, Picpay, Bradesco, C6 Bank e Bradesco Seguros.
“O levantamento indica o significativo do consumo digital no setor financeiro brasileiro. Com uma base de usuários vasta e diversificada, as marcas têm a oportunidade de personalizar seus serviços e conteúdos para atender às necessidades específicas desse público, aproveitando as tendências emergentes e as plataformas mais populares para maximizar seu alcance e engajamento”, finaliza Veronesi.
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