Justiça

"Não adianta dialogar com linguagem técnica e não permitir que o conhecimento chegue a quem precisa", diz advogado sobre Direito Médico

Foto: Alex Torres / BNews
Foto: Alex Torres / BNews
Gabriela Icó e Alex Torres

por Gabriela Icó e Alex Torres

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Publicado em 07/06/2024, às 18h20



Palestrante da 2ª edição da Conferência Estadual da Jovem Advocacia Baiana, organizada pela Ordem dos Advogados Secção Bahia (OAB-BA), o advogado Vinicius Viana conversou com o BNews sobre a relação sobre a importância do direito na saúde e a autopromoção de médicos nas redes sociais. O evento aconteceu nesta sexta-feira (7), no Centro de Convenções de Salvador.

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Para Viana, a publicidade na medicina caminha de forma semelhante a da advocacia. Ele afirma que a atuação de médicos nas redes sociais era "desregrada", mas após o Conselho Federal de Medicina (CFM) editar a resolução CFM nº 2.336/2023 (sobre publicidade médica), no final do ano passado, tornou o terreno regulado e claro. "Permite que os médicos tenham conhecimento do que pode ser feito e sobretudo de como deve ser feito", opina.

O advogado classifica como "inevitável" a difusão do conhecimento por meio do avanço ao acesso à tecnologia, mas aponta a necessidade de atenção às regras técnicas para o uso desses mecanismos. "Utilização das redes sociais para divulgação e promoção é importante, mas precisamos abordar alguns elementos que são fundamentais na publicidade médica: é importante que o profissional não objetive tão somente uma autopromoção e que a publicação não tenha um caráter sensacionalista, deve ser sempre na perspectiva de instruir a população com conhecimento técnico", analisa.

Viana cita que nas relações humanas sempre há demandas que envolvem o respeito ao acesso à saúde, medicamentos e a materialização de direitos a relacionados a tratamentos médicos. E, por isso, considera a temática importante para o Direito. Ainda aponta uma comunicação de fácil entendimento como substancial para o exercício da advocacia no dia a dia. "Sobretudo com a população, de nada adiantará dialogar com uma linaguagem técnica e não permitir que o conhecimento chegue a quem, de fato, precisa", critica, ao dizer que é necessário o abandono de uma linguagem excessivamente técnica.

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