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Desafio: Entenda como controle das doenças respiratórias suínas ajuda o produtor rural

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Controle de forma integrada permite mitigar os impactos dos sinais clínicos nos animais  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 03/06/2024, às 10h09 - Atualizado às 10h10



As enfermidades respiratórias representam um desafio significativo para a suinocultura, pois impactam o desempenho dos animais e, consequentemente, a lucratividade das granjas. O surgimento dessas enfermidades engloba a ação de agentes bacterianos ou virais, fatores ambientais e práticas de manejo.

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Fatores como o estresse ambiental, responsável por promover queda de imunidade nos animais, e um manejo sanitário deficiente podem facilitar a incidência e proliferação das patologias na granja.

“As doenças respiratórias demandam gastos com manejo e medicação, impactam o ganho de peso dos animais, comprometem a imunidade do plantel como um todo e interferem na qualidade da proteína suína ao final da criação”, detalha Marcio Dahmer, médico-veterinário gerente de marketing da linha de suínos da Ceva Saúde Animal.

Algumas pesquisas apontam que, no Brasil, mais de 60% dos suínos apresentam lesões pulmonares ao abate, fato que eleva o percentual de condenação das carcaça nos frigoríficos acarretando mais perdas ao produtor.

Dentre as doenças relacionadas ao trato respiratório, destacam-se as infecções causadas pelos agentes, Mycoplasma hyopneumoniae, Circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e Actinobacillus pleuropneumoniae (APP).

O Mycoplasma hyopneumoniae é o agente da Pneumonia Enzoótica (PE), uma doença respiratória crônica. Este patógeno compromete o sistema respiratório dos suínos, resultando em lesões nos pulmões e bronquíolos. A infecção geralmente ocorre em animais jovens, afetando principalmente os suínos nas fases de crescimento e engorda.

O M. hyopneumoniae coloniza as vias respiratórias, desencadeando uma resposta inflamatória que causa tosse, dispneia e diminuição do ganho de peso. Além disso, a PE predispõe os suínos a infecções secundárias por agentes bacterianos, como Actinobacillus pleuropneumoniae e Pasteurella multocida, exacerbando os sinais clínicos e os prejuízos econômicos.

Os impactos da pneumonia enzoótica na produtividade incluem a piora na conversão alimentar e atrasos no crescimento. Estudos demonstraram que a PE pode reduzir o ganho diário de peso em até 33% e aumentar o custo de produção em cerca de 10%.

Já o PCV2, agente da Circovirose Suína é considerado endêmico na suinocultura tecnificada. Altamente contagioso e extremamente resistente, o vírus causa prejuízos milionários aos suinocultores em todo mundo. Sua presença causa impactos negativos associados à queda no sistema imunológico dos leitões, sinais clínicos respiratórios e entéricos e perdas reprodutivas

A taxa de morbidade da Circovirose suína pode chegar a 70% e a de mortalidade 80%. Os animais que desenvolvem a Circovirose Suína, mas não vão a óbito, perdem peso progressivamente e passam a ser considerados como refugos na produção.

E, por fim, a Pleuropneumonia Suína é conhecida como uma das mais importantes doenças respiratórias dos suínos. A patologia caracteriza-se pelo desenvolvimento de broncopneumonia necrosante e hemorrágica, com exsudação de fibrina, causando pleurite e abscessos pulmonares.

A enfermidade acomete animais de todas as idades, mas os leitões são mais vulneráveis e severamente impactados. Em surtos ocasionados por uma cepa virulenta, a morbidade pode exceder a 50%, com índices de mortalidade variando entre 1% a 10%

A prevenção é a melhor estratégia para evitar os impactos destas enfermidades no campo. A adoção de medidas multifatoriais com investimentos no manejo, ambiente e nutrição adequados, associados à vacinação são indispensáveis e se mostram altamente efetivas.

 Para auxiliar nessa missão, a empresa Ceva possui um software - CLP - desenvolvido especialmente para avaliar a saúde pulmonar dos animais ao abate, auxiliando na definição de protocolos mais adequados para cada granja individualmente.

 “O Ceva Lung Program (CLP) é uma ferramenta de alto valor para o suinocultor, seu banco de dados é alimentado por informações de granjas do mundo todo que, combinadas com a informação da granja a ser analisada, permite a tomada de decisões específicas e mais efetivas para a abordagem preventiva das doenças respiratórias no plantel”, Marcio reforça.

“O combate às doenças respiratórias requer uma abordagem integrada, que envolve biosseguridade, manejo sanitário adequado, monitoramento contínuo e ações preventivas. Desta forma é possível garantir a sustentabilidade e o crescimento da suinocultura para um futuro ainda mais promissor”, finaliza Márcio.

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