Política

Ministro de Lula critica PL do Aborto em culto evangélico e é aplaudido de pé

Renato Araujo / Câmara dos Deputados
Para Silvio Almeida, “quem quer que uma mulher que foi estuprada seja presa está envenenado pela ideologia do ódio”  |   Bnews - Divulgação Renato Araujo / Câmara dos Deputados

Publicado em 24/06/2024, às 13h36   Cadastrado por Daniel Serrano



O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi aplaudido de pé em um culto evangélico após criticar a criminalização de mulheres vítimas de estupro que praticam o aborto.

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Em sua fala durante um evento evangélico na Igreja Batista da Água Branca, do pastor Ed René Kivitz, na zona oeste de São Paulo, na noite de sexta-feira (21), o ministro disse que “quem quer que uma mulher que foi estuprada seja presa está envenenado pela ideologia do ódio”.

“Está em engano, está envenenado pela ideologia do ódio quem defende que os jovens negros sejam exterminados pela polícia. Porque está em engano e está envenenado pela ideologia do ódio quem defende uma política de segurança pública que quer buscar transformar policiais em matadores e leva os policiais à morte, ao desespero e ao suicídio”, disse Almeida.

“Quem defende uma política violenta não é amigo dos policiais, é inimigo dos policiais. Porque está em engano e está envenenado pela ideologia do ódio quem quer que uma mulher que foi estuprada seja presa”, acrescentou.

A fala acontece poucos dias depois da polêmica aprovação do projeto de lei que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, conhecida como PL do Aborto. O texto foi aprovado no último dia 12 pela Câmara dos Deputados em regime de urgência, que, na prática, permite que o porto tramite mais rápido na Casa.

O projeto foi proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e mais 32 coautores, a maioria do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em outro momento do culto, Silvio Almeida criticou a política armamentista e cutucou Bolsonaro, defensor da posse e porte de armas.

“Pode a religião desse Deus gostar de armas, gostar de violência? Pode a religião que cultua um homem que foi torturado defender camisetas com nome de torturador? Eu acho que não pode”, disse o ministro.

Para Almeida, “polarização é você divergir, talvez sobre questões que são relevantes, que são importantes, mas não há polarização entre a democracia de um lado e entre fascismo e morte do outro. Isso não é polarização”.

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