Política

Lula descarta mexer na aposentadoria de militares: “nem passa pela cabeça”

Ricardo Stuckert / PR
Ricardo Stuckert / PR

Publicado em 28/06/2024, às 09h22   Cadastrado por Daniel Serrano



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista concedida na última quarta-feira (26) ao portal UOL, que não deve fazer qualquer tipo de mudança na aposentadoria dos militares. O recado já foi passado para o ministro da Defesa, José Múcio.

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Segundo a coluna de Carla Araújo, no portal UOL, Múcio garantiu que já transmitiu a mensagem do presidente para os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. “O presidente Lula sabe que o regime dos militares é diferente. E disse mesmo que é algo que não passa pela cabeça dele de jeito nenhum, que não está no radar", disse o ministro à coluna.

Ainda de acordo com a publicação, Múcio afirmou que não existe motivos para fazer qualquer alteração na aposentadoria apenas dos militares. No entanto, o ministro admitiu que, se for preciso, integrantes das Forças Armadas podem sentar para conversar. "Os militares são diferentes dos civis”, disse.

A possibilidade de a aposentadoria dos militares passar por alguma modificação foi levantada pela equipe econômica do governo, especialmente pela ministra do Planejamento, Simone Tebet. A ideia seria realizar uma revisão do benefício, que estaria presente no pacote de corte de gastos que ela e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devem entregar a Lula já em julho.

Tebet e Haddad defendem mudanças na aposentadoria dos militares usando como base um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas de União (TCU) no início do mês, que mostra que o custo per capita do beneficio pago a militares chega a ser 16 vezes maior do que o pago aos civis.

Dados do TCU indicam que os militares causam um déficit anual de R$ 158,8 mil por beneficiário. Já os civis, que são pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), custam aproximadamente R$ 9,4 mil. Ainda segundo o Tribunal, a aposentadoria dos militares causa um déficit de quase R$ 50 bilhões ao governo em 2023.

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