Política

Direto de Brasília: Rui Costa deve ser chamado à Câmara para prestar esclarecimentos sobre leilão de arroz

Lara Curcino / BNews
Informação foi dada pelo presidente da Comissão de Agricultura, Evair de Melo  |   Bnews - Divulgação Lara Curcino / BNews


O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), deve ser chamado nos próximos dias à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura sobre o leilão de arroz que foi anulado pelo governo federal, após suspeita de irregularidades.

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A informação foi confirmada pelo presidente do colegiado, deputado Evair de Melo (PP-ES), após sessão com o ministro de Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). 

Tanto Fávaro, quanto o ex-secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller - que foi à comissão no dia anterior -, apontaram que a decisão de realizar o leilão foi tomada no âmbito da Casa Civil.

“Diante dos fatos que foram apresentados aqui, é necessária a vinda na comissão do ministro Rui Costa, porque tanto o Neri, quanto o ministro [Fávaro] certificaram da participação efetiva dele na compra de arroz”, afirmou ele. 

O certame em questão foi realizado em maio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a compra 300 mil toneladas de arroz importado. A aquisição seria feita para garantir estoque e evitar a alta no preço do produto por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, estado que é o maior produtor do grão no Brasil.

O leilão, no entanto, foi anulado na última semana pelo governo, após suspeitas de que as empresas vencedoras do certame não teriam condições de entregar o que foi acordado. 

Geller foi demitido em meio às polêmicas, quando veio a público que seu advogado, Robson Luiz de Almeida França - que é presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso - , foi um dos intermediários do concurso.

Para Evair de Melo, o depoimento de Fávaro e Geller e os questionamentos dos deputados elucidaram um "esquema fraudulento" na Conab. 

"As 9 horas de depoimentos nessa comissão, ontem e hoje, mostram, para mim, que identificamos a presença de um esquema fraudulento na Conab, que usou o pretexto do Rio Grande do Sul como cortina de fumaça para esse esquema", pontuou.

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