Política

Barra do Mendes: Vereador estaria prometendo emprego e casa de programa popular em troca de sexo

Reprodução / Montagem BNews
Reprodução / Montagem BNews

Publicado em 26/06/2024, às 18h32 - Atualizado às 18h48   Redação BNews



O vereador e relator do pedido de cassação do prefeito de Barra do Mendes, Antônio Barreto de Oliveira (PSD), conhecido como Tonho de Napo, na Câmara de Vereadores, Miguel Alves de Araújo (PT), popularmente chamado de Miguel da Canarina, estaria oferecendo emprego e casa do Programa Minha Casa Minha Vida a uma mulher da cidade em troca de favores sexuais.

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Denúncias encaminhadas à reportagem do BNews mostram trocas de mensagens do edil com uma mulher, por meio do direct do Instagram, nas quais o político supostamente faz diversas promessas, inclusive garantindo um possível acordo com o vice-prefeito da cidade, do seu partido, para o cumprimento.

As mensagens que teriam sido enviadas pelo vereador são um prato cheio para um escândalo sem precedentes e expõem uma conversa extremamente íntima e baixa, com o edil questionando à moça se poderia “passar a língua no c****” dela, afirmando que queria vê-la, afirmando que estava se masturbando e, inclusive, enviando vídeo mostrando o ato.

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Em outro trecho, o político seguiria narrando o que gostaria de fazer com a mulher, como “chup** todinha”, “bat*** uma pra você e te mostrar”, “buce***** linda, deu vontade de chu****”.

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Em dado momento, o vereador teria assumido que se envolveu sexualmente com uma adolescente de 15 anos e manteve um relacionamento com ela até esta completar 18 anos.

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Favores sexuais em troca de favores políticos

O vereador Miguel da Canarina (PT) é relator do pedido de cassação do prefeito Tonho de Napo (PSD) que tramita na Câmara de Vereadores da cidade. Ambos eram aliados, inclusive com o vice-prefeito da cidade, Simão Rodrigues França, sendo filiado ao PT.

Em 2023, o gestor sofreu um primeiro processo de cassação que, segundo a denúncia recebida pelo BNews, foi apresentado pelo mesmo grupo político de vereadores ao qual pertence Miguel da Canarina, onde teriam sido investigados recolhimento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sem repasse, nepotismo e irregularidades no Fundo Municipal de Meio Ambiente. Ainda segundo a denúncia, os fatos alegados em 2023 são os mesmos que embasam o atual segundo pedido de afastamento,

À época, o prefeito chegou a ser cassado pela Câmara, mas o afastamento foi revertido pela Justiça, que determinou a sua volta ao cargo.

Neste contexto do pedido de cassação e da relatoria do processo, nos prints recebidos pelo BNews, das supostas trocas de mensagens entre o vereador e a mulher, o edil teria afirmado que conseguiria um emprego para ela, uma casa no Programa Minha Casa Minha Vida e que o atual prefeito vai “cair” em no máximo 15 dias. 

Este trecho da conversa começa com a mulher questionando quando o novo prefeito, que supostamente seria o atual vice, Simão Rodrigues, assumiria o cargo, e quando ela começaria a trabalhar.

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De acordo com a denúncia recebida pelo BNews, estas supostas falas do vereador sugerem o uso indevido de recursos públicos para obter vantagens sexuais, possível abuso de poder, por promessas de favores políticos em benefício pessoal, além de que a decisão de cassar o prefeito Tonho de Napo já estaria tomada, mesmo antes das sessões de análise do pedido, instrução processual e de deliberação pela Câmara Municipal e da apresentação do relatório final do relator.

Em outro trecho, a mulher questiona se o ato que está sendo feito contra o atual prefeito não colocaria os servidores em risco e Canarina teria garantido que o vice, Simão Rodrigues, teria afirmado que ao assumir, manteria todos os funcionários.

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A mulher ainda questiona o porque os políticos que estão tentando a cassação do prefeito não voltam a se unir com o gestor, já que pertenciam ao mesmo grupo, e supostamente afirma que não teria como voltar apenas um.

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O que dizem os citados

O BNews entrou em contato com o vereador Miguel da Canarina (PT) e com o vice-prefeito de Barra do Mendes, Simão Rodrigues (PT).

O vice-prefeito afirmou que os questionamentos devem ser feitos ao vereador, já que so fatos são imputados a este.

“Os questionamentos devem ser feitos ao vereador Miguel, já que são imputados fatos supostamente por ele praticados dos quais eu Simão não tenho qualquer conhecimento. Com relação a processo de impeachment, o assunto deve ser tratado pelo órgão competente, que é a Câmara Municipal de Vereadores, que detém regulamento e competências próprias para deliberar sobre tal matéria”.

Já o vereador Miguel afirmou que conversas deste teor não ocorreram e que estão querendo pressioná-lo e fazendo chantagem.

“Jamais. Falei que era um programa do governo federal e nós, os responsáveis pelo programa, fizemos um levantamento e as pessoas foram fazer cadastro.   Eu sei até quem foi essa pessoa. Estão querendo me pressionar. Não pode misturar as coisas. Falei que emprego não existia e que o prefeito era Tonho. Pura chantagem deles. Das pessoas que querem colocar aí. Hoje eu sou do lado do povo e faço o meu trabalho no legislativo local. Não sei o que vocês estão querendo com isso Não aconteceu, certo? Não aconteceu. Ela falou em emprego, eu falei que emprego não existe. Que o prefeito até 31 de dezembro era Tonho [de Napo] e que, se Simão assumisse, ganhasse as eleições, ele assumiria em janeiro. Mas que o prefeito era Tonho de Napo. Eu tenho print das conversas e tudo.”

O edil enviou prints da conversa com a mulher que comprovariam o que ele afirmou em sua resposta.

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Classificação Indicativa: Livre

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