O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, criticou, nesta quarta-feira, 03, a mobilização dos aliados do PT para impedir que populares acompanhem a sessão do Congresso, iniciada pela manhã, no plenário da Câmara dos Deputados. A mobilização contra os populares é encabeçada, especialmente, pelo líder do governo na Casa, Henrique Fontana (PT-RS).
“Essa atitude do Fontana causa uma grande surpresa, por ele advogar por galerias vazias como uma boa alternativa ao regime democrático”, comentou Imbassahy, que chegou a conversar com o grupo de manifestantes que se encontra concentrada na frente do Congresso.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, determinou, na noite da terça-feira, que a polícia legislativa esvaziasse as galerias da Câmara, impedindo o povo de manifestar a sua insatisfação contra a aprovação do PLN 36/14, que Imbassahy chama de Lei do Calote, porque autoriza um abatimento sem limite da meta de resultado primário do ano, que é de R$ 116,1 bilhões para o governo federal, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.
As bancadas do PSDB na Câmara e no Senado defendem a entrada e a permanência dos manifestantes nas galerias.
Ao se posicionar, no Plenário, por duas vezes, nesta manhã, Imbassahy condenou também a pressão exercida pelo Palácio do Planalto sobre sua base aliada condicionando a liberação de R$ 444,7 milhões em emendas parlamentares à aprovação do PLN 36/14, que deve ser levado a votação ainda hoje.
“Isso é mais que chantagem. É um suborno”, frisou o parlamentar baiano, acrescentando que a oposição vai resistir até o final.
“O nosso papel, como oposição, é o de não permitir que uma atitude feito essa, promovida pelo Planalto venha para cá, resultando em cenas deprimentes como as que assistimos ontem. Então, a oposição está firme, determinada a dizer não a esse projeto que envergonha o país”, concluiu.
Publicada no dia 3 de dezembro de 2014, ás 17h42
