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Grécia passa a ter a maior jornada de trabalho da Europa por falta de mão de obra: seis dias por semana

Jonathan Gallegos na Unsplash
Os acordos coletivos estão congelados há anos na Grécia e eles vêm atuando em um regime similar ao que a gente chama de PJ  |   Bnews - Divulgação Jonathan Gallegos na Unsplash

Publicado em 21/06/2024, às 00h00   Cadastrada por Letícia Rastelly



A crise que a Grécia vem passando está “apertando” cada vez mais o trabalhador. A partir de 1º de julho os trabalhadores da indústria, comércio, agronegócio e outros setores passarão a trabalhar seis dias por semana, assim como vinha acontecendo desde o ano passado com os setores de turismo e gastronomia. Por causa desse dia a mais, os gregos serão compensados com um acréscimo de 40% do valor pago por dia.

Os acordos coletivos estão congelados há anos no país e os gregos vêm atuando em um regime similar ao que a gente chama de PJ (pessoa jurídica). A semana de trabalho está com 40 horas, mas é possível fazer mais duas horas extras por dia, de modo opcional, mas que na prática tem sido obrigatório.

Enquanto o governo não se preocupa em fiscalizar, os gregos seguem sendo considerados os “heróis do trabalho” na Europa, já mesmo antes da promulgação da lei, eles já tinham uma média de 41 horas por semana, ou seja, o país que tem a maior carga horária de trabalho do continente, porém, ainda assim, são muito mal pagos. Eles estão em 15º lugar no valor do salário mínimo de todos os 27 países que contemplam a Europa: são 830 Euros.

Na contramão

Grande parte dos trabalhadores dos países europeus estão lutando para que a carga horária diminua e o trabalho seja de quatro dias por semana- tudo isso sem perda salarial. Para os sindicatos, que estão à frente dessa luta, essa seria uma forma de aumentar as ofertas de empregos, já que as horas extras são limitadas e é necessário contratar mais funcionários. Além disso, há estudos que comprovam que essa redução da jornada de trabalho aumenta a produtividade e o comprometimento dos trabalhadores.

As informações são do Metrópoles

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