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Quatro em cada 10 brasileiros já foram vítimas de golpes; saiba qual a média do valor perdido

Foto: Tânia Rego / Agência Brasil
Preocupação de empresas aumentou 58% em um ano; maior parte das vítimas tem 50 anos ou mais  |   Bnews - Divulgação Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Publicado em 29/06/2024, às 06h00   Redação BNews



Quatro em cada 10 brasileiros já soferam fraudes financeiras como golpes relacionados à cartão de crédito ou golpes virtuais, como vazamento de dados, PIX ou boletos falsos. O número corresponde a uma média de 42% da população do país, segundo o Relatório de Identidade e Fraude 2024 do Serasa Experian, feito pela Datatech com 804 Pessoas Físicas e 334 Pessoas Jurídicas. Entre as vítimas, 57% perdeu em média R$ 2.888, o dobro do valor do salário mínimo.

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Os tipos de golpes mais apontados durante o levantamento foram:

• Uso de cartões de crédito por terceiros ou cartão falsificado (39%);
• Pagamento de boleto falso ou PIX (32%);
• Phishing: comunicação fraudulenta ou que aparenta ser fonte confiável (21%);
• Invasão de contas: contas de redes sociais ou em bancos roubadas (15%);
• Vazamento de dados: exposição de dados pessoais na internet (11%).

Os participantes do levantamento disseram que 26% das fraudes aconteceram em 2022; já 31% aconteceu nos anos anteriores. No ano passado, 10% foram no primeiro trimestre, 9% no segundo trimestre e 15% no terceiro.

Perfil das vítimas de fraude

A classe B é a que mais cresce em número de vítimas desses tipos de golpes, com 46%. Já na classe C, esse número cai para 35%. "os criminosos visam brasileiros com maior poder aquisitivo para ampliar seus ganhos, mas a fraude ocorre em qualquer faixa de renda", alerta o diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian. Quase metade das pessoas (48%) acima de 50 anos fazem parte do maior grupo que sofreu fraude. Logo em seguida, estão as faixas etárias de 30 a 49 anos (46%).

O diretor ainda afirma que criminosos aprimoram técnicas com o avanço tecnológico para aproveitar brechas dos consumidores e dos sistemas que as empresas eventualmente deixam. Por isso, considera que ambos devem estar atentos e recorrer à recursos para proteção. "Alguns exemplos são a biometria facial, a análise de risco de dispositivo, a verificação de documentos, o Cadastro ‘Know Your Costumer’ (KYC), entre outros. O monitoramento contínuo, a autenticação multifator e o uso inteligente das tecnologias são essenciais para garantir a integridade das operações, o crescimento sustentável dos negócios e, ao mesmo tempo, prevenir fraudes”, ensina.

Os golpes mais temidos pelos participantes da pesquisa foram fraudes envolvendo uso de cartão de crédito (36%); golpes de transferência via PIX (21%); Vazamento de dados (21%); uso de documentos falsos (11%) e phishing (9%).

Nas empresas de grande porte, a preocupação com o assunto aumentou 68%. Neste ano, "proteção de operações fraudulentas" foi o segundo assunto que mais preocupou as companhias (35%), ficando atrás somente de "conquistar mais clientes" (45%). O levantamento também aponta que a prevenção com o assunto causou impacto na previsão orçamentária dessas empresas. O tópico passou de quinto para terceiro lugar na destinação de verba neste ano.

As maiores preocupações relacionadas à tentativa de fraude estão relacionadas à segurança da informação. Vazamento de dados de clientes é o maior motivo de alerta (49%), seguido de perdas financeiras (48%); vazamentos de dados próprios (39%); inadimplência (35%); roubo de informações estratégicas (34%); fraude de identidade (28%) e perda de mercadorias (16%).

Como medida de prevenção, as empresas adotaram a prática de análise de documentos (49%); análise de score de clientes (36%); análise de score das empresas (28%); análise de operações de cartões de crédito (22%) e análise de dispositivos (19%). A margem de erro do Relatório de Identidade e Fraude 2024 é de 5,4%, com intervalo de confiança de 95%.

Classificação Indicativa: Livre

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