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Independência da Bahia: Tudo o que você precisa saber sobre o dia 2 de Julho

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Data marca a saída em definitivo do Exército Português da província da Bahia  |   Bnews - Divulgação Bruno Concha/Secom/PMS
Gabriela Araújo

por Gabriela Araújo

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Publicado em 02/07/2024, às 05h00 - Atualizado às 05h25



Luta, garra e resistência. Três palavras que definem com exatidão a Independência da Bahia, celebrada no dia 2 de julho. A data marca a saída em definitivo do Exército Português da província da Bahia, em uma guerra iniciada em 19 de fevereiro de 1822, que durou até julho de 1823. 

Após a Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, no dia 7 de setembro de 1822, diversas regiões do país continuaram sob controle das forças portuguesas. A Bahia foi uma delas, tornando-se um campo de batalhas intensas entre tropas brasileiras e portuguesas. Em razão disso, a data também é conhecida como sendo a Independência do Brasil na Bahia

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A cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, teve um papel fundamental na independência da Bahia, sendo um dos primeiros centros de resistência contra o domínio português. Em 25 de junho de 1822, a cidade iniciou levantes significativos e se tornou um ponto estratégico para a organização de ataques, abrigando líderes e tropas revolucionárias.  

Batalha de Pirajá 

Diversos conflitos marcaram a luta do povo baiano pela independência do estado. Um dos mais notáveis foi a Batalha de Pirajá, em 8 de novembro de 1822, que se tornou um símbolo da resistência baiana. Salvador foi palco da batalha, que ocorreu na região dos bairros de Pirajá, Campinas de Pirajá e Alto do Cabrito. O confronto foi iniciado no momento em que as tropas portuguesas tentaram furar o bloqueio aos caminhos que ligavam a capital baiana ao centro e ao norte do país para conseguir comida.  

Caboclo e cabocla 

As figuras do Caboclo e da Cabocla simbolizam a resistência e a luta do povo baiano pela independência. Personificando a bravura, a coragem e a determinação que marcaram a batalha pela libertação da Bahia do domínio português, as imagens são conduzidas em um desfile cívico por bairros históricos de Salvador, uma maneira de reforçar as homenagens para aqueles que lutaram em prol da liberdade. Durante o trajeto, esses símbolos recebem flores, frutas e bilhetes com pedidos.  

Desfile cívico 

Às 09h, um cortejo sai do Largo da Lapinha e segue em direção ao Largo Terreiro de Jesus. O desfile é acompanhado por bandas marciais, escolas, grupos culturais, autoridades civis e militares, além da população em geral. O percurso é repleto de homenagens aos heróis da independência e apresentações culturais que exaltam a história e a identidade dos baianos. Em 2024, a festa traz como tema "2 de Julho: Povo Independente”. 

Heroínas da independência  

Entre os principais nomes femininos da luta pela independência da Bahia, estão figuras notáveis, como Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa. Maria Quitéria destacou-se por ingressar do Exército Brasileiro disfarçada de homem para lutar. Já a freira Joana Angélica, sacrificou sua vida defendendo o Convento da Lapa contra a invasão portuguesa. Maria Felipa, uma mulher negra e marisqueira, organizou mulheres para queimar embarcações portuguesas e enfrentou as tropas coloniais na Ilha de Itaparica, conhecida como Arraial da Ponta das Baleias na época. 

Fogos simbólicos 

Pelo segundo ano consecutivo, haverá dois fogos simbólicos, com um saindo de Cachoeira e outro de Mata de São João, ambos em direção ao bairro de Pirajá. Eles são responsáveis por representar a chama da liberdade e a união dos povos para a conquista da libertação da Bahia e do Brasil. 

Classificação Indicativa: Livre

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