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Após morte de colaborador, Pablo Marçal vai parar na Justiça; saiba detalhes

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O coach Pablo Marçal está sendo acusado de práticas abusivas e perigosas em seu reality show "La Casa Digital 3", gravado em maio deste ano.o  |   Bnews - Divulgação PROS / Divulgação
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 20/06/2024, às 07h51



Deu ruim para o empresário e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal. O coach está novamente envolvido em polêmicas, desta vez por acusações de práticas abusivas e perigosas em seu reality show "La Casa Digital 3", gravado em maio deste ano. A reportagem teve acesso ao processo judicial movido contra Marçal, que detalha uma série de alegações graves, incluindo a realização de provas que colocam em risco a saúde dos participantes, rotinas forçadas de exercícios exaustivos e violência física. As informações são do portal UOL. 

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O evento, realizado em uma fazenda em Itu (SP), incluiu provas de resistência com a promessa de melhorar a vida dos 13 participantes através dos ensinamentos do coach. No entanto, as denúncias apontam para uma realidade bem diferente. Segundo o ex-participante Gabriel Godoy, um dos organizadores do reality o agrediu fisicamente, e outros membros confirmaram episódios de abuso e exaustão extrema. 

Um ponto específico que chamou atenção foi uma prova de travessia em um lago, atualmente sob investigação por possível descumprimento de uma ordem judicial. Desde janeiro de 2022, Marçal está proibido pela Justiça de realizar atividades externas desse tipo sem supervisão e aprovação prévia das autoridades. A promotora do caso em Piquete (SP), Renata Galhardo, afirmou que investigará se houve desobediência à decisão judicial. 

A defesa de Marçal, liderada pelo advogado Tassio Renan Botelho, nega as alegações de descumprimento judicial e afirma que havia um médico de plantão durante as atividades. Segundo Botelho, "Pablo atuou apenas como apresentador, não como organizador do evento." 

O reality show "La Casa Digital 3" ocorre um ano após a morte de um colaborador de Marçal durante uma maratona promovida por sua empresa, Xgrow, e dois anos depois de uma desastrosa tentativa de escalar o Pico dos Marins, que colocou a vida de 30 pessoas em risco. Marçal é investigado em dois inquéritos policiais: um em Barueri (SP), relacionado à morte durante a corrida, e outro em Piquete (SP), referente ao incidente no Pico dos Marins. 

O processo judicial contra Marçal inclui alegações de treinos exaustivos de três horas sem exame médico prévio, resultando em episódios de vômito e exaustão extrema. Testemunhas afirmam que pelo menos três competidores não realizaram qualquer exame médico antes de ingressar no reality. Em depoimentos, outros participantes corroboraram os relatos de abuso e agressão física. 

Em resposta às acusações, a equipe de Marçal emitiu uma nota afirmando que os eventos visam o desenvolvimento humano e que não apoiam ou incentivam qualquer forma de agressão, seja física ou psicológica. No entanto, a nota também destaca que, se qualquer agressor for identificado, ele deverá responder legalmente pelos seus atos. 

O encerramento do reality show também foi marcado por polêmicas. Os participantes afirmam que foram dispensados durante a madrugada, sem assistência financeira ou alimentação, tendo que arcar com os próprios custos para voltar para casa. Gabriel Godoy, que moveu a ação contra Marçal, busca uma indenização de R$ 200 mil e a proibição do uso de sua imagem em material promocional. 

O caso ainda está em andamento, e a promotora Renata Galhardo solicitará informações para investigar o possível descumprimento da decisão judicial. Com novas investigações em curso, a situação de Pablo Marçal se complica ainda mais, especialmente em um momento em que ele busca consolidar sua carreira política. 

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