Justiça

Especialistas afirmam que orientar e buscar clientes são as principais dificuldades da advocacia no interior da Bahia

Dilvulgação/OAB-BA
Diversos advogados participaram da II Conferência Estadual da Jovem Advocacia Baiana  |   Bnews - Divulgação Dilvulgação/OAB-BA

Publicado em 07/06/2024, às 13h57   Bernardo Rego e Marco Dias



Durante a II Conferência Estadual da Jovem Advocacia Baiana, que aconteceu no Centro de Convenções, em Salvador, diversos advogados se reuniram para discutir os principais desafios encontrados na advocacia no âmbito da Bahia. O evento ocorreu entre os dias 6 e 7 de junho. 

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp!


Entre os principais nomes presentes no evento estiveram a presidente da OAB Bahia, Daniela Borges, a presidente da OAB Jovem Bahia, Sarah Barros, o coordenador geral do evento, Hermes Hilarião.


A equipe do BNews conversou com duas especialistas em Direito Previdenciário que contaram os pricipais desafios da atuação no interior do estado, mesmo em uma era onde a tecnologia já oferece um grande suporte. 


Segundo Mabianne Pimentel, a primeira aparece com o segurado especial, que na visão dela, são tidos como invisíveis. “A gente primeiro precisa entender que eles são invisíveis para a sociedade e que eles se veem muitas vezes assim. Então a gente muitas vezes vai ter que ir até lá ao local, à comunidade rural, a gente vai ter que orientar sobre passos pequenos, por exemplo, como tirar um documento”, detalhou. 


“Eu lido muito com clientes analfabetos, então preciso ter um cuidado de esclarecer a ele em uma linguagem simples para ele entender como eu estou trabalhando e com o que eu estou trabalhando. A maior missão que eu considero diante das dificuldades que nós temos é educar, esclarecer e ir muito além do processo. Muitas vezes a gente tem que ali trazer, ultrapassar a barreira do processo para que aquele cliente possa nos fornecer o necessário para a melhor resolução processual”, acrescentou. 

A advogada Lívia Meurele ressaltou que a sua principal dificuldade é fazer com que a advocacia chegue até o cliente, que muitas vezes, mora em locais onde o carro não consegue acessar. “Para nós, do interior da Bahia, a gente tem pessoas que não têm energia elétrica. Então a maior dificuldade é, primeiro, saber onde estão essas pessoas que precisam desse serviço e a gente começar a traçar pontos de escritório em lugares que seriam imprevisíveis, por exemplo. Então, a tecnologia, ela facilita a minha gestão de processo de trabalho, porém, ela me dá ainda mais trabalho para que o cliente tenha acesso ao serviço que eu estou oferecendo”, observou

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp