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Executivos das Americanas se reuniam em ‘sala blindada’ para discutir fraudes contábeis, revela colunista

O esquema envolvia a falsificação de dados sobre operações de risco sacado e cartas de venda de propaganda (VPC)  |  Tânia Rego / Agência Brasil

Publicado em 29/06/2024, às 07h15 - Atualizado às 07h15   Tânia Rego / Agência Brasil   Redação

As investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) no caso Americanas revelaram que executivos da empresa se reuniam em uma “sala blindada” na sede do grupo para discutir fraudes contábeis. As informações são da colunista Mulu Gaspar, de O Globo. Segundo a publicação, essas irregularidades foram descobertas em janeiro de 2023, após a saída do ex-CEO Miguel Gutierrez.

A coluna detalha que o esquema envolvia a falsificação de dados sobre operações de risco sacado e cartas de venda de propaganda (VPC), dando a impressão de que a Americanas tinha mais a receber dos fornecedores do que o realmente acordado. Ainda segundo o jornal, mensagens de WhatsApp mostram que os executivos temiam que auditorias independentes descobrissem essas fraudes.

A colunista revelou também que os criminosos até cooptaram funcionários de bancos para alterar cartas de circularização, ocultando operações fraudulentas. Além disso, e-mails obtidos pelos investigadores apontam que funcionários do banco pediam sugestões de texto para cartas destinadas às auditorias.

Os investigadores acreditam que Fábio Abrate, então diretor financeiro e de relações com investidores da B2W, braço digital do grupo, interferiu junto aos bancos para omitir informações comprometedoras das auditorias.

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