Economia & Mercado

Empresa do grupo Odebrecht pede dois meses para pagar dívidas

Publicado em 25/10/2015, às 10h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A Odebrecht Agroindustrial, que produz e vende etanol, açúcar e bioenergia, pediu aos credores um período de carência de dois meses para pagar o que deve, de acordo com informações publicadas pelo colunista Lauro Jardim.
A Odebrecht Agroindustrial  anunciou no início deste mês que injetará mais dinheiro nas operações das usinas sucroenergéticas. Os novos recursos entrarão por meio na injeção direta de dinheiro no caixa da companhia através do aumento de capital. Segundo o presidente da ODB Agro, Luiz de Mendonça Mendonça, em entrevista ao Valor Econômico, o novo aporte deve superar a capitalização realizada no último ano, que totalizou R$ 836 milhões. “A intenção é que essa capitalização traga mudanças importantes na estrutura de capital da companhia, atualmente formada em quase sua totalidade por dívida”, afirmou.
A situação da ODB Agro é típica de muitas usinas: carrega um custo elevado das dívidas e não consegue vender os produtos com preço suficiente para cobrir as operações. A principal diferença está na capacidade do grupo de seguir colocando dinheiro e manter a confiança dos credores. Assim, a empresa faz questão de ressaltar que “esse aporte se dará apesar da grave crise econômico-financeira enfrentada pelo setor sucroenergético, uma das piores de sua história, reflexo sobretudo da política governamental dos últimos anos”.
De acordo com o presidente, o destino dos novos recursos não será para a amortização das dívidas, mas para a renovação dos canaviais. A expectativa de Mendonça é que R$ 400 milhões sejam destinados anualmente com esse objetivo.
Essa decisão vai de acordo com as medidas estratégicas anunciadas pela companhia. A empresa afirmou que planejava investir menos, mas focar em áreas de renovação. O objetivo é mudar o mix de plantio, com participação prioritária de cana de 18 meses e utilização de novos implementos e equipamentos que possibilitam o aumento do rendimento médio das colhedoras.

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